7.3.06

One Man Army - 21st Century Killing Machine


One Man Army (and the undead quartet) - 21st Century Killing Machine - 2006 (Nuclear Blast)

Foi em Janeiro deste ano que esta banda sueca publicou a sua estreia. Estreia, é um bocado desajustado porque os elementos que constituem esta banda já pertenceram a outras bandas. Como é o caso do vocalista e mentor do projecto, Johan Lindstrand, que já passou pelos Crown. No baixo encontramos Valle Adzic (dos Impious, onde é guitarrista). Foi aliás no estúdio dele que a demo foi gravada. Na bateria Marek Dobrowolsk dos Reclusion, nas guitarras encontramos Mikael Lagerblad e Pekka Kiviaho (ex-Persuader e Auberon).
Os One Man Army A.T.U.Q., trazem então consigo uma grande bagagem musical. Isto não os impediu de trazerem até nós um bom disco. Poderiam muito bem ficarem à espera que os seus nomes vendessem o disco. Mas não foi o caso, e ainda bem. Este é um disco construído em torno do metal. Sem grandes complexos de grandeza, é constituido até por temas bastante simples. O riffs são muito bem conseguidos e seguros, Lindstrand tem aqui uma excelente prestação vocal, e a parte rítmica está irrepreensível.
É com certeza um disco com influências diversas, desde o heavy, ao death, mas julgo que esta última será o melhor "rótulo" a colocar (se é que é realmente necessário). Ritmos a meio tempo e algum groove dão ao trabalho um efeito poderoso. Mais um álbum a escutar....


6.3.06

Riverside - Second Life Syndrome

Riverside - Second Life Syndrome - 2005 (InsideOut Music)


Os Riverside lançaram o seu segundo disco através da sua nova editora InsideOut Music. Após terem lançado Out Of Myself (2004), eis que a banda polaca assina por uma das maiores editoras de prog da actualidade.
Apresentam um trabalho extraordinário desde o primeiro ao último minuto. Inicia-se com After, numa composição de vozes e percursão num ambiente etéreo. Termina com Before, e no meio ficam grandes canções, e canções grandes como é o caso daquela que dá título ao disco, que dura quase 16 minutos. E não aborrecem ninguém. Isso é uma certeza.
A primeira impressão que tive deles é que se situavam algures entre uns Pink Floyd e uns Anathema. Isto porque o timbre de voz me faz lembrar o do vocalista desta última e a nível instrumental os Pink Floyd serão sempre (inevitavelmente) uma referência.
Mas o álbum vive para além disso. Apresenta uma grande variedade musical que vai desde a balada em Conceiving You ao metal progressivo em Dance With The Shadow. E apesar da variedade este trabalho não perde a sua coerência e transporta consigo um ambiente negro e denso.
Este trabalho é o segundo daquilo que será uma trilogia. Um conceito, três álbuns distintos.

Aconselha-se a fãs de : Pink Floyd, Anathema, Amorphis, Pocurpine Tree, Opeth, Dream Theater, e a quem gosta daquela atmosfera psicadélica do rock/metal progressivo.


Hyubris - Hyubris

Hyubris - Hyubris (2005)

Esta banda apresenta o seu álbum de estreia por sua própria conta e risco. O disco foi gravado e distribuído pelos próprios elementos da banda em 2004. O disco começou à pouco tempo a chegar às estantes das lojas, garantindo-lhes a exposição que merecem após ter sido gravado nos estúdios Rec'N'Roll e masterizado pelo produtor alemão Tommy Newton.
Hyubris significa algo como "desafio aos deuses". E sendo uma banda nacional que tem um registo metal/folk como base, o nome acaba por ser deveras irónico - conhecendo a realidade portuguesa. Eles são de Abrantes/Tramagal e já venceram diversos concursos de música e no ano passado começaram a dar nas vistas ao tocar ao vivo em festivais lisboetas.
A sonoridade deste quinteto pode não ser uma grande novidade a nivel internacional, mas a nível nacional de certeza que o é. Com influências de música celta, medieval e metal, fazem deste disco de estreia uma das revelações do ano que passou. No álbum encontramos músicas cantadas em português e inglês, e uma (excelente) versão da "Canção de Embalar" do Zeca Afonso.
Tudo isto associado a um timbre muito peculiar da vocalista, e a inclusão de instrumentos tão diversos como a flauta, a guitarra-portuguesa ou a gaita, fazem deste albúm uma "obrigatoriedade" para quem gosta do género, e para quem gosta de música feita neste "cantinho à beira-mar plantado".