12.3.06

Devin Townsend Band - Synchestra

Devin Townsend Band - Synchestra - 2006 (InsideOut/Mastertrax)

01. Let It Roll
02. Hypergeek
03. Triumph
04. The Babysong
05. Vampolka
06. Vampira
07. Mental Tan
08. Gaia
09. Pixillate
10. Judgement
11. A Simple Lullaby
12. Sunset
13. Notes From Africa

Mais uma vez o génio canadiano explora a música e leva-a a diversos universos. Após ter lançado o fabuloso Alien (2005) com os Strapping Young Lad (SYL) - a sua faceta mais pesada e caótica - eis que se lança por outros caminhos e traz-nos Synchestra, num acto que é quase um exorcismo daquilo que faz com os SYL. (Aliás, julgo ser nos SYL que ele solta os seus demónios.) É a bonança após a tempestade.
Devin, tal como os restantes humanos, tem uma personalidade complexa, e é sem preconceitos que faz álbuns de diferentes estilos. Nomeadamente, disse à pouco tempo que sente a necessidade de fazer um álbum pop. (Não será certamente um álbum para os fãs de SYL ou de DTB.)
A abertura do álbum faz-se com Let It Roll com guitarras suaves e vozes calmas, o que não deixa prever o que vem de seguida (se bem que Devin Townsend já seja conhecido por isso mesmo - por surpreender). É um disco de ideias positivas, de esperança. Composto por 13 faixas de vastas musicalidades, uma delas, Vampolka, é uma estranha música de influências da Europa de Leste, e Notes From Africa encerra em si tendências subsarianas. Não sendo um disco fácil de assimilar, é um disco que vai crescendo a cada audição, pois tem tantas camadas que a cada audição reparamos num pormenor diferente.
É um disco de Devin Townsend. Não há muito mais a dizer... Até porque é difícil falar dos trabalhos dele, devido à sua complexidade inerente.


Amorphis - Eclipse


Amorphis - Eclipse - 2006 (Nuclear Blast)

Após o lançamento de um álbum com menos sucesso como foi o Far From The Sun (2004), o seu vocalista de sempre, Pasi Koskinen, abandona a banda. Para este novo registo a restante banda foi buscar Tomi Joutsen para o lugar de Pasi. Tomi faz parte dos Sinisthra, uma outra banda finlandesa de rock/goth sem grande dimensão além fronteiras. Independentemente das mexidas a nível de "plantel" , Eclipse merece toda a atenção, até mesmo daqueles fãs que já se começavam a sentir desapontados com a banda do país dos mil lagos.
Com este novo disco, os Amorphis deram um passo em frente na sua carreira. Apresentam um disco coeso, um disco que poderá ter alguma relação com o Elegy (1996), trazendo então de volta o peso que há muito se ausentara. Apesar de tudo, o registo de Tomi não é assim tão diferente do de Pasi, o que difere é a sua garra. O que Pasi Koskinen já havia perdido. Traz então um registo de melodia diferente do seu antecessor e o regresso dos guturais.
Este novo trabalho tem toda a atmosfera Amorphis, com as guitarras e os teclados tão característicos deste sexteto. Cobrindo uma sonoridade que vai desde o Far From The Sun até ao Karelian Isthmus (1992). É portanto um disco com a capacidade de agradar a todo e qualquer fã de Amorphis. E quem sabe, arrisca-se a ser um dos discos do ano...

O alinhamento do disco:

01. Two Moons
02. House of Sleep
03. Leaves Scar
04. Born from Fire
05. Under a Soil and Black Stone
06. Perkele (The God of Fire)
07. The Smoke
08. Same Flesh
09. Brother Moon
10. Empty Opening
11. Stonewoman [Bonus Track]