21.2.06

Tom Vek - We Have Sound

We Have Sound – 2005 (Star Time Records)


Foi por acaso que dei de caras com este álbum. Olhei para ele e pensei "quem raio é este gajo?" Daí a poucos minutos pus-me a ouvi-lo.

Não é fácil falar da sonoridade de We Have Sound, é uma mistura de vários estilos: pop, rock, indie, psycho,electro, apresentando uma mistura de sonoridades retro. Tom Vek é quem toca todos os intrumentos que se ouvem no cd, e diga-se que o faz muito bem.
Este é um álbum capaz de agradar a quem gosta de Soul Coughing, Beck, Gang of Four, Yeah Yeah Yeahs, Kaiser Chiefs, e outros mais.
Este inglês não faz nada que seja novidade, mas a inclusão de uma algumas batidas dançáveis e de pormenores electrónicos, bem como, a variedade musical dentro do álbum, faz deste uma peça agradável de ouvir, durante aproximadamente os 40min que duram o cd.

Alinhamento:

1.C-C (You Set The Fire In Me)
2.I Ain't Saying My Goodbyes
3.If You Want
4.Little Word In Your Ear, A
5.
If I Had Changed My Mind
6.
Lower The Sun, The
7.
Cover
8.Nothing But Green Lights
9.
On The Road
10.
That Can Be Arranged


Sons de Vez - 2006

SONS DE VEZ! (2006)
4ª Mostra de Música Moderna
Portuguesa de Arcos de Valdevez

Os Sons de Vez! assumem o seu papel de veículo de difusão dos projectos e perspectivas da nova música portuguesa. Apostando na descentralização cultural e aproximação de públicos e sensibilidades.

É sempre bom saber que há gente por aí interessada na música nacional e a dar-lhe o apoio possível. Dando aos músicos a oportunidade de se mostrar ao público. Sejam eles valores confirmados ou apenas, futuros valores do espectro nacional.
De Janeiro a Maio de 2006, no Auditório da Casa das Artes em Arcos de Valdevez (Viana do Castelo), sempre às 23h.


Jorge Cruz - Sede


Depois de ter dado voz a projectos como os Superego e O Pequeno Aquíles, Jorge Cruz deu um passo decisivo, iniciando, com “Sede”, um percurso em nome próprio.

Este músico Aveirense mostra-se neste disco quase despido. Dando a ouvir a sua intimidade de modo simplista e honesto. Confesso que nunca tinha ouvido falar dele até à primeira vez que o ouvi e vi na Sic Radical com o Fado de Uma Rua Qualquer. Fiquei intrigado com este músico - entusiasmado será a melhor palavra. E como sou um daqueles melómanos que gostam de ter tudo o que é nacional e bom (na minha opinião é claro) comprei o cd "Sede". Que é aliás a reedição. A primeira versão saiu em 2004 pela mão da NorteSul, e que foi novamente lançado em 2005 pelo mesmo selo, mas com novo alinhamento das músicas e nova capa.

Este é um álbum acústico em que Jorge Cruz se faz acompanhar de vários músicos:
Carl Minnemann no contrabaixo; Arsénio Tavares no piano e rhodes; Zé Maria na bateria; Alexandre Mano no baixo; Hugo correia na guitarra portuguesa, ao piano e no contrabaixo; André Indiana na guitarra slide e no hammond, Daniel Ruivo na percursão; Nuno Encarnação nas tablas; João André nos aros e Nuno Reis no trompete.

1.Adriana

2.Perdas e Danos

3.Brincar com o fogo

4.Fado de uma rua qualquer

5.Setembro, 18

6.Balada da Sede

7.Canção da tua rua

8.Lua do meio

9.Roupas (parte 2)

Este é o alinhamento e a capa do álbum de 2005.

Sede é um excelente álbum com letras que contêm histórias que a todos nos toca. É um daqueles álbuns a ter na discografia caseira.


20.2.06

José González - Veneer


José González - Veneer - 2005 (Imperial Records/Parasol Records)

José González é Sueco, mas a sua ascendência argentina deu-lhe nome. A Suécia e os restantes países do norte europeu, mas a Suécia em particular, tem uma tendência musical clara - o Metal. Metal esse reconhecido em todo o mundo pela sua qualidade e pela sua excelência técnica. Mas engane-se quem pensar que José González é um metaleiro de cabelo comprido e de roupas negras. Pelo contrário. José é o que se chama um cantautor, mas atrevo-me mesmo a chamar-lhe trovador. Constrói as suas músicas com base no violão. E é o modo como o faz que surpreende. González, apesar de apresentar músicas simples, a roçar o Lo-Fi. toca a sua guitarra de um modo extremamente complexo. Com muitos dedilhados e até mesmo percursão. As suas influências vão do pop, à bossanova, passando pelo indie, pela música latina argentina, e até alguma electrónica, a julgar pela versão de Heartbeats dos The Knife. Tudo isso reflecte-se no modo como canta. Num tom grave (barítono?), lá vai debitando as canções suavemente, sem pressa e com muito encanto.
Apesar de já ter a maior parte das música gravadas desde 2003 pela Imperial Records, Veneer foi lançado em 2005 pela Imperial Records em parceria com a Parasol Records. E esta foi uma aposta ganha. Veneer foi sem dúvida um dos melhores álbuns que foram publicados o ano passado. De certeza que já o ouviram num anúncio televisivo. Um anúncio da Sony. Aquele das bolinhas a saltitar rua abaixo... São trinta minutos que merecem uma audição atenta.

Este é o alinhamento:
01. slow moves
02. remain
03. lovestain
04. crosses
05. heartbeats (original dos The Knife)
06. deadweight on velveteen
07. all you deliver
08. stay in the shade
09. hints
10. save your day
11. broken arrows

Em Crosses canta assim:
"Don't you know that I'll be around to guide you
Through your weakest moments to leave them behind you
Returning nightmares only shadows
We'll cast some light and you'll be alright"

Se quiserem ter um cheirinho do que este rapaz faz podem ir aqui :
Ouvir José González